A prefeitura de Volta Redonda confirmou no início da noite desta quinta-feira (31) que vai intervir nas operações das linhas municipais sob responsabilidade da Viação Pinheiral. Segundo o governo municipal, a ação será colocada em prática efetivamente na próxima semana, tão logo sejam vencidos prazos e exigências burocráticas.

Informou ainda que, para evitar que a ação seja contestada nesta fase, a prefeitura será obrigada a “mexer estritamente nas linhas que a Viação Pinheiral herdou por força de ação judicial da Viação Sul Fluminense”. E que o governo municipal possui maior poder de ingerência nestas linhas, principalmente diante do grande número de reclamações e problemas registrados na operação da empresa.

Da mesma forma, as linhas deverão ser absorvidas prioritariamente pelas empresas que hoje operam dentro do sistema municipal. Uma consulta já está sendo feita a fim de saber se as demais empresas possuem veículos e recursos humanos suficientes para operar as linhas hoje sob controle da Pinheiral, já a partir da próxima semana. 

Caso as empresas não consigam garantir a operação das linhas, a prefeitura vai buscar uma nova empresa no mercado, o que poderá demandar um tempo maior para a medida ser efetuada.

Ainda de acordo com o governo, a intervenção vai durar o tempo necessário para que o serviço nas linhas com maiores problemas seja regularizado. “Neste período, a Pinheiral terá a oportunidade de deslocar seus recursos para operar as demais linhas que permanecerão sob sua concessão”, afirma o Palácio 17 de Julho. “Se mesmo assim não for registrada melhora, uma intervenção mais ampla já estará sendo preparada”, acrescentou.

No caso específico da linha – a única – que atende o residencial Jardim Mariana, às margens da Rodovia do Contorno, a prefeitura não confirmou se está incluída entre as que sofrerão intervenção. A linha, que sai do bairro vizinho de Três Poços em direção à região central da cidade, não era operada pela extinta Viação Sul Fluminense. Caso a Pinheiral seja mantida, a expectativa do governo é que a empresa tenha mais veículos disponíveis para atender os usuários.

A prefeitura ainda ressaltou que, por força de uma decisão judicial, não é possível fazer uma licitação global da operação do transporte público em Volta Redonda. (Foto: FOCO REGIONAL)

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