sexta-feira, 18 abril 2025
Whatsapp | (24)99202-0053

Nacional

Tarifas dos EUA sobre importações de aço e alumínio entram em vigor e impacta o Brasil

Taxação pode gerar desemprego e diminuição da produção das siderúrgicas brasileiras

12/03/2025 09:46:15

Começa a valer nesta quarta-feira (12) a tarifa de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre as importações de aço e alumínio. O Brasil será especialmente afetado pela medida, por ser o segundo maior exportador de aço para os EUA, atrás apenas do Canadá.

O plano tarifário do presidente Donald Trump vai impactar nas exportações e na indústria nacional, com queda na produção de empregos e redução no preço das ações de empresas listadas na Bolsa de Valores do Brasil, segundo analisam especialistas ouvidos pelo portal Terra.

“O setor siderúrgico brasileiro exporta uma parte relevante de sua produção para os EUA e a imposição de tarifas pode reduzir essa demanda. Com isso, empresas do setor podem enfrentar dificuldades financeiras, afetando empregos e investimentos. Além disso, se o Brasil decidir retaliar com tarifas sobre produtos americanos, pode haver impactos em outras cadeias produtivas que dependem do comércio bilateral”, diz Hugo Garbe, economista e professor da Mackenzie (UPM).

O Brasil ainda não se manifestou especificamente sobre a medida, embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha afirmado algumas vezes que vai utilizar da "lei da reciprocidade" e taxar os EUA em retorno.

Com relação às empresas, três siderúrgicas brasileiras devem ser mais afetadas pela taxação. São elas: ArcelorMittal e Ternium, fabricantes de placas que exportam a maior parte de sua produção aos EUA, e CSN, que embarca produtos laminados de alto valor agregado. A Usiminas faz vendas esporádicas para os EUA.

Já no alumínio, a CBA, controlada do grupo Votorantim, é quem mais sofre, pois exporta produtos laminados (folhas), mas o volume não passa de 5% das vendas da empresa. Segundo dados da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), os embarques para os EUA representaram 17% (US$ 267 milhões) do total exportado pelo setor no ano passado - US$ 1,5 bilhão. Há empresas, como a Hydro, que não exporta nada para o mercado americano.

Apesar do prognóstico negativo em um primeiro momento, os economistas analisam que os EUA podem deixar de ser o principal destino das exportações de aço. Uma alternativa pode ser a própria China. Antes, porém, segundo a economista da Nomos, Bruna Allemann, os produtores brasileiros devem sentir "perdas financeiras".

“Caso as exportações diminuam, pode haver um excedente de oferta no mercado interno, o que poderia pressionar os preços para baixo. No curto prazo, as empresas brasileiras podem buscar mercados alternativos para seus produtos, mas a realocação pode não ser imediata, causando possíveis perdas financeiras”, afirmou. A reportagem é do portal Terra com informações do Estadão Conteúdo. (Foto: Arquivo)

Comentários via Facebook

(O Foco Regional não se responsabiliza pelos comentários postados via Facebook)

+ Lidas

Em foco

Notícias primeiro na sua mão

Primeiro cadastre seu celular ou email para receber as ultimas notícias.

Curta nossa fan page, receba todas as atualizações - Foco Regional

Tempo Real

22:00 Esporte