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Política

Neto é o único prefeito do país com 6 mandatos em cidades com mais de 200 mil habitantes

10/10/2024 15:49:19

Desde o último domingo (6), Antonio Francisco Neto (PP) firmou seu nome entre os prefeitos com maior número de mandatos no Brasil. Ele não é o recordista nacional. Quem detém o título é Aníbal Pereira (MDB), que no mesmo dia conquistou o sétimo mandato em São João do Sabugi, pequena cidade do interior do Rio Grande do Norte.

Por sua vez, a partir do próximo 1º de janeiro, Neto estará dando início ao sexto mandato à frente da prefeitura de Volta Redonda. Uma pesquisa feita pelo FOCO REGIONAL apurou que, pelo menos em se tratando de cidades com mais de 200 mil habitantes, não há nenhum outro político com tantas vitórias em disputas municipais.

Neto entrou para a vida pública em 1986, quando foi eleito deputado estadual. Dois anos depois, sofreu sua única derrota na disputa pelo Palácio 17 de Julho, quando o então sindicalista Juarez Antunes venceu a eleição (ele morreu menos de dois meses no exercício do cargo, em um acidente de carro).

A primeira eleição municipal vencida por Neto foi em 1996, quando, apoiado pelo então prefeito Paulo Baltazar, com quem romperia depois, derrotou Nelson Gonçalves Filho obtendo 68,29% dos votos. Em 2000, bem avaliado, foi reeleito com quase 80% dos votos.

A partir de 2008, quando pela primeira vez Volta Redonda ultrapassou a marca de 200 mil eleitores, abrindo a possibilidade de a disputa ser definida em dois turnos, o desempenho do prefeito agora reeleito continuou surpreendendo. Naquele ano, ele venceu logo no primeiro turno, repetindo o feito em 2020 e 2024.

Apenas em 2012, Neto experimentou o que é uma disputa em segundo turno. Numa campanha acirrada, ele e Jorge Oliveira, o Zoinho – que acaba de ser eleito vereador – foram para a disputa. Ele saiu vitorioso com 55,15% dos votos. Portanto, das quatro eleições com chances de segundo turno, venceu três no primeiro.

“A população de Volta Redonda sempre confiou no nosso governo. E eu agradeço muito por confiarem na gente. A minha gratidão é eterna”, resume Neto sobre os resultados.

Imagem – Seu desempenho à frente da prefeitura de Volta Redonda leva à constatação de que ele é um daqueles políticos que sofrem menos com a chamada “fadiga de material”, ou seja, sua avaliação – e, consequentemente, a imagem – não se desgastam na mesma intensidade com que costuma ocorrer com a maior parte deles.

Os números falam por si: quatro anos atrás, concorrendo com 13 postulantes ao cargo, liquidou a fatura no primeiro turno (57,22% dos votos), derrotando o então prefeito Samuca Silva e dois ex-deputados federais, o antigo aliado Paulo Baltazar (também ex-prefeito) e Cida Diogo.

Neste ano, praticamente não houve campanha eleitoral para prefeito em Volta Redonda. A maior novidade, Mauro Campos, e o rejeitado Samuca Silva, em momento algum ameaçaram a reeleição de Neto.

E agora? – Aos 68 anos, Antonio Francisco Neto tem quase um terço de sua idade passado no Palácio 17 de Julho. E ele garante que será capaz de se reinventar para o próximo mandato, o que não é fácil. Afinal, Neto não muda hábitos e não é propenso a dispensar auxiliares, como se constata na defesa enfática que faz do criticado Paulo Barendo, secretário municipal de Transportes e Mobilidade Urbana.

“Creio que é possível se renovar todo dia. E todo mundo que for somar à nossa administração será sempre bem-vindo. Pode ter certeza disso”, afirma, citando as novidades que acaba de divulgar para o próximo mandato.

Em 2028, Neto não poderá concorrer, como ocorreu em 2004, quando fez Gothardo Neto seu sucessor. Sobre isso, ele esconde o jogo. Nos bastidores do Palácio 17 de Julho, há quem aposte que ele poderá indicar o atual secretário de Ordem Pública, coronel Luiz Henrique Monteiro Carvalho. Ele nega e menciona Sebastião Faria, o vice, que em 2028 estará com 88 anos: “Eu tenho o melhor vice-prefeito do mundo. Um cara sério, honesto, correto. Vai depender do dia a dia. O futuro a Deus pertence. Não estou dizendo que ele vai ser o meu candidato, mas é um cara do bem”, despista.

Por fim, ao ser indagado se não gostaria de ter disputado alguma das últimas eleições no segundo turno, para sentir uma nova sensação, o prefeito riu: “De maneira alguma. É melhor ganhar logo no primeiro turno, ainda mais com 72% dos votos”.  (Foto: Divulgação / Arquivo)

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