A Polícia Civil do Rio prendeu na sexta-feira (20) Cintia Mariano Dias Cabral, de 49 anos. Ela é suspeita de envenenar com chumbinho dois enteados, uma jovem de 22 e um adolescente de 16 anos. A mulher foi presa com ordem judicial quando prestava depoimento na delegacia de Realengo.

A jovem Fernanda Carvalho Cabral morreu após 13 dias internada. O irmão dela conseguiu escapar. Ele denunciou que passou a se sentir mal depois de um almoço na casa da madrasta. De acordo com o adolescente, foi servido “um feijão amargo e com pedrinhas azuis”. Ele também foi hospitalizado, mas se recuperou.

Segundo o delegado Flávio Rodrigues, o crime teria sido em razão dos ciúmes sentidos pela mulher pelo relacionamento do marido com os filhos. A denúncia à polícia foi feita pela mãe das vítimas, que desconfiou de envenenamento porque os sintomas apresentados pelos filhos foram idênticos.

Investigadores foram até a casa de Cíntia e recolheram o feijão para análise, mas antes do resultado do exame, na quinta-feira (19), a madrasta tentou se matar. Ela foi levada a um hospital, se recuperou e foi levada para depor, quando teve sua prisão decretada.

Na delegacia, Cíntia – seguindo orientação de advogados – se manteve em silêncio, mas um filho biológico dela, em um primeiro depoimento, disse que a mãe teria confessado ter envenenado os enteados com o veneno usado para matar ratos.

O delegado disse que o caso poderá ter desdobramento para outro, relacionado às mortes do ex-marido de Cíntia e de uma vizinha deles. “Eles morreram repentinamente e até hoje não se descobriu a causa das mortes", disse.

O advogado de Cíntia Mariano informou que só vai se manifestar após tomar conhecimento dos autos do inquérito. (Foto: Reprodução)