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Longas jornadas e drogas ilícitas: como o exame toxicológico impacta o transporte de cargas?

Medida busca coibir o uso de drogas entre caminhoneiros e reduzir acidentes nas rodovias

29/04/2025 18:24:03

As rodovias brasileiras concentram boa parte da movimentação de mercadorias no país, com milhões de toneladas de produtos transportados diariamente por motoristas profissionais. No entanto, o setor de transporte de cargas enfrenta antigos desafios relacionados às longas jornadas, prazos apertados e condições adversas de trabalho. 

Nesse contexto, o uso de substâncias ilícitas, muitas vezes para inibir o sono e prolongar a jornada ao volante, tornou-se uma prática perigosa que compromete a segurança viária. Para enfrentar esse problema, a exigência do exame toxicológico passou a integrar a legislação brasileira, impactando diretamente o setor.

Desde a regulamentação pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), o exame toxicológico passou a ser obrigatório para motoristas das categorias C, D e E, tanto na obtenção quanto na renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Com uma janela de detecção que pode alcançar até 180 dias, o teste permite identificar o uso de drogas que afetam o comportamento e a capacidade de condução.

Drogas mais utilizadas e os riscos nas estradas

O consumo de estimulantes, como as anfetaminas, popularmente conhecidas como “rebites”, é uma das situações mais recorrentes detectadas nos exames. Utilizadas com a intenção de reduzir a sonolência e suportar longos períodos de direção sem pausas, essas substâncias podem provocar efeitos colaterais graves, incluindo irritabilidade, perda de reflexos e alterações no julgamento, fatores que elevam o risco de acidentes.

Além dos estimulantes, substâncias como cocaína e maconha também são detectadas com frequência nos testes toxicológicos aplicados aos caminhoneiros. A utilização dessas drogas, muitas vezes associada a fatores como fadiga, isolamento e pressão por cumprimento de prazos, representa uma ameaça não apenas para o condutor, mas para todos os usuários das vias.

Exame toxicológico como estratégia de prevenção

O exame toxicológico se apresenta como uma ferramenta de controle preventivo no setor de transporte rodoviário. Ao exigir o teste na renovação da CNH e em processos de contratação, a medida permite às empresas de transporte identificar condutores que fazem uso de substâncias psicoativas e adotar providências, como o afastamento para tratamento ou a não contratação.

Embora a implementação da obrigatoriedade tenha sido recebida com resistência por parte de alguns profissionais, estudos apontam que a fiscalização mais rigorosa contribuiu para reduzir o número de motoristas sob efeito de drogas nas estradas. A medida também incentiva uma mudança cultural importante, reforçando a responsabilidade do motorista profissional com a segurança no trânsito.

Desafios e a importância do cumprimento da lei

Apesar dos avanços, o setor ainda enfrenta dificuldades relacionadas à fiscalização e ao combate às longas jornadas sem controle. A precarização das condições de trabalho e a ausência de pontos de parada adequados fazem com que muitos caminhoneiros ainda se sintam pressionados a recorrer a substâncias ilícitas para manter o ritmo de trabalho.

Por isso, além da exigência do exame toxicológico, é necessário ter uma ampliação de políticas públicas voltadas para a melhoria das condições de trabalho e infraestrutura nas estradas brasileiras. Investimentos em áreas de descanso seguras, programas de saúde para motoristas e campanhas educativas são ações que, combinadas à fiscalização, podem gerar resultados mais eficazes e duradouros.

Mais do que atender a uma exigência legal, a medida reforça a importância de jornadas de trabalho seguras, responsáveis e fiscalizadas. Entenda a obrigatoriedade do exame toxicológico e seu valor para realização, que são pontos fundamentais para o cumprimento da legislação e para a preservação da vida nas estradas. 

Este texto é um informe publicitário. O conteúdo não é de responsabilidade do FOCO REGIONAL

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