Economia
‘Lei do aço’ pode gerar 2 mil empregos em VR, estima governo
20/12/2022 16:58:08Condomínio industrial sendo preparado no Roma: terreno para receber novas empresas em VR
A prefeitura de Volta Redonda estima que a chamada “lei do aço” – que cria um regime tributário diferenciado para empresas do setor metalomecânico no estado – poderá gerar na cidade em torno de 2 mil empregos, a partir do ano que vem. A lei, aprovada pela Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), foi considerada constitucional pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) e entrará em vigor assim que for publicada. Na região, também conforme avaliação do governo de Volta Redonda, poderão ser gerados até 4 mil empregos diretos. Um condomínio industrial, localizado às margens da Via Dutra, no bairro Roma, vem sendo preparado para receber novas empresas.
Após a decisão do TJRJ, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo já está intensificando as negociações com objetivo de incentivar e dar celeridade aos processos de instalação de empresas em Volta Redonda. Como a cidade já é sede da Usina Presidente Vargas, da CSN, o governo aposta nas negociações para receber fornecedores e compradores da empresa.
Cerca de 15 empreendimentos do setor metalmecânico já demonstraram interesse em se fixar em Volta Redonda e, segundo a prefeituras, três estão nas tratativas finais. Além dos incentivos fiscais e da empresa “âncora”, a questão logística é tratada como diferencial para conseguir entrar na briga por novas empresas.
O secretário de Desenvolvimento, Sérgio Sodré, celebrou a lei, que reduz a carga do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de 19% para 3%. Classificando o caso como “uma questão de justiça com o estado do Rio”, ele acredita que a medida vai garantir competitividade ao Rio de Janeiro para atrair empresas da cadeia do aço em relação aos estados vizinhos.
“Era uma concorrência muito desleal. Vários estados, inclusive os nossos vizinhos do Sudeste, têm esta política tributária de incentivo. Agora, esta lei vem fazer justiça, já que torna as nossas empresas mais competitivas, gerando mais emprego e renda para Volta Redonda e toda a região. O Sul Fluminense já possui uma logística privilegiada e acreditamos que o mercado vai se aquecer novamente, tornando Volta Redonda e a região um local fértil para novos negócios”, disse Sodré.
“A gente espera que, à exemplo do que acontece em outras cidades, como é o caso de Extrema, em Minas Gerais, que se tornou um grande centro logístico e atraiu centenas de empresas com benefícios fiscais, possamos também ampliar estes benefícios para outros setores”, acrescentou. (Foto: Cris Oliveira / Divulgação)