Estado
Inea registra 160 exemplares de fungos no Parque Estadual do Cunhambebe
Reserva abrange parte de Itaguaí, Mangaratiba, Angra dos Reis e Rio Claro
16/10/2025 11:00:51
O Parque Estadual Cunhambebe (PEC), administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), está desvendando um mundo pouco explorado da biodiversidade fluminense: o reino dos fungos. Desde abril deste ano, o parque vem realizando o monitoramento de macrofungos em trilhas selecionadas e, com isso, as ações já resultaram em mais de 160 registros desses organismos essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas florestais.
Os fungos desempenham papéis ecológicos fundamentais, como a decomposição da matéria orgânica e a ciclagem de nutrientes, contribuindo diretamente para a fertilidade do solo e a manutenção da floresta. Além disso, sua presença está associada à qualidade ambiental, o que os torna importantes bioindicadores de conservação e de mudanças sutis nos ecossistemas.
Até o momento, já foram identificadas cerca de 30 espécies. Reconhecendo o potencial ecológico e educativo dos macrofungos, o parque também estuda a criação de trilhas temáticas voltadas ao micoturismo – atividade focada na observação e conhecimento dos fungos e cogumelos em seu ambiente natural.
A proposta busca aproximar o público da biodiversidade das florestas, promovendo experiências inovadoras de contato com a natureza e fortalecendo o papel do parque como espaço de integração entre pesquisa, cultura e turismo sustentável.
“O monitoramento de macrofungos é uma abordagem inovadora no campo da conservação da biodiversidade, especialmente em unidades de conservação. Além de ampliar o conhecimento científico, ajuda a identificar indicadores naturais de qualidade ambiental e valorizar a complexidade dos ecossistemas da Mata Atlântica”, destaca o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
Com área aproximada de 38 mil hectares, o Parque Cunhambebe abrange parte das cidades de Itaguaí, Mangaratiba, Angra dos Reis e Rio Claro. Um dos objetivos para a criação da unidade de conservação foi assegurar a preservação dos remanescentes de Mata Atlântica da porção fluminense da Serra do Mar, e conectar os maciços florestais da Bocaina e do Tinguá. (Foto: Divulgação)