O Hospital Regional Doutora Zilda Arns Neumann, no bairro Roma, em Volta Redonda, não será administrado pela Organização Social Mahatma Gandhi. A OS (Organização Social) venceu a licitação ocorrida no dia 8 de setembro último, mas o Ideas (Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde) – que ficou em segundo lugar na disputa – continuará administrando o hospital.

Isso porque o Ideas interpôs recurso desde a publicação do resultado, em 24 de setembro. Na última quinta-feira (21), a Mahatma Gandhi desistiu do processo, sendo desclassificada. Com isso, foi homologado o resultado final da licitação, sendo o Ideas declarado vencedor do processo.

A possibilidade de a Mahatma Ghandi administrador o hospital estadual assustou funcionários e prestadores de serviço, preocupando também autoridades de Volta Redonda. A organização social atuou no Hospital Municipal Munir Rafful (Retiro) durante a gestão do ex-prefeito de Volta Redonda, Samuca Silva, deixando a cidade sem pagar dois meses dos salários dos médicos, gerando um caos no atendimento do hospital, no final de 2020.

Na licitação realizada pela Secretaria estadual de Saúde, a terceira colocada foi a AFNE (Associação Filantrópica Nova Esperança), que, também no governo Samuca, assumiu o Hospital São João Batista e teve o contrato encerrado após denúncias de corrupção feitas pelo Ministério Público, envolvendo uma suposta “máfia da saúde” no estado durante o governo de Wilson Witzel.

Assim que foi publicado o resultado no Diário Oficial, os vereadores de Volta Redonda, Renan Cury (SD) e Jari (PSB) se manifestaram publicamente contra o retorno da Mahatma Gandhi a Volta Redonda, mesmo que para administrar um hospital estadual. Uma carta, assinada por todos vereadores, foi enviada ao governador Cláudio Castro, mostrando a indignação dos parlamentares.