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por: Fernando Pedrosa

Eleição de vereador em VR

07/10/2024 18:03

Poucas & Boas: a eleição de vereador em Volta Redonda

No decorrer da campanha eleitoral, após a definição das nominatas em Volta Redonda, a coluna conversou com vários políticos para avaliarem quem corria risco de não se eleger na atual composição da Câmara Municipal. Um ou outro nome que acabaram ficando de fora foram citados. Mas nenhum, absolutamente ninguém, nem no chute, imaginou que nada menos que oito parlamentares, mais que um terço, não seriam reeleitos.

De saída

Não se reelegeram Jorginho Fued (PDT), que teve 1.411 votos; Walmir Vitor (PT), 1.082; Fábio Buchecha (DC), 2.794; Temponi (União), 1.781; Paulo AP (Agir), 1.231; Pastor Washington (MDB), 845, Hálisson Vitorino (Republicanos), 1.732; e Lela (PSD), com 1.354.

Buchecha está passando por aquela terrível sensação de conquistar uma votação expressiva e não ser reeleito. Há quem considere que o erro foi colocar no partido candidatos que nunca haviam sido testados nas urnas. Resultado: não fez legenda.

Mas ele, assim como Paulinho AP, Pastor Washinton e Lela, não deve ficar ao relento. Vão ser abrigados por Neto no próximo governo, como o prefeito reeleito já admitiu nesta segunda (7), em entrevista à Rádio Cidade do Aço FM. O problema é não ter um gabinete para chamar de seu.

Voltaram

Já tendo exercido mandatos, retornam à Câmara, em 2025, Simar, o Baixinho do Estádio (PSD), que recebeu 2.031 votos; Paulinho do Raio X (Republicanos), com 1.958; Gemilson Sukinho (PSD), 1.923, e Zoinho (Republicanos), que obteve 1.782 votos.

Tentaram

Nove ex-vereadores não conseguiram. Fernando Martins (PSD) teve 1.726 votos; América Tereza (MDB), ficou com 1.473; Vampirinho (MDB), recebeu 1.399; Marquinho Motorista (PODE), obteve 1.223; Carlinhos Santana (Republicanos), 1.159; Maurício Batista (PP) não passou de 1.081; Toninho Oreste (PP), de 1.078; Guilherme Sipe (MDB), recebeu 859 e Rosana Bergone (Agir) teve apenas 328 votos.

Perfume

Os eleitores colocaram fim no Clube do Bolinha que vigorou nesta legislatura, com a eleição de Carla Duarte (PSD), com 2.668 votos, e Gisele Klingler (PSB), eleita com 1.493. Desde 2008, com América Tereza e Neuza Jordão, a cidade de Volta Redonda não elegia duas mulheres para a Câmara. Em 2016, só Rosane Bergone foi eleita, mas não conseguiu renovar o mandato em 2020.

Também novatos na casa, a partir de 1º de janeiro de 2025, estarão Severiano Câmara (União), que conquistou 2.125 votos, e Rodrigo Duarte (Agir), com 1.416.

Força

O deputado estadual Jari Oliveira (PSB), apesar do baixo desempenho de Arimathéa, candidato a prefeito, mostrou força política com a reeleição de Raoni Ferreira, o segundo mais votado (4.474) e a eleição de Gisele Klingler.

É bom, mas é ruim

Quem também teve uma votação expressiva nesta eleição foi Alexandre VR Abandonada. Concorrendo pelo PSOL, ele amealhou nada menos que 2.015 votos. Este é o lado bom.

O lado ruim é que, com esta votação, vai ser quase impossível para ele conseguir ser aceito em qualquer outra legenda.

Foi mal

O PT, que estava apostando na candidatura Geslia Marques – agraciada com recursos do fundo partidário, foi um vexame: não teve mais que 331 votos.

Foram mal

Renan Cury (PP), campeão de votos desta eleição (e da anterior também), tem rechaçado que sua expressiva votação seja resultado só de sua atuação nas redes sociais.

Pode ser, pode não ser, mas outros candidatos ativos nas redes sociais não fizeram, como se dizia antigamente, nem para o cafezinho: Ton do VR Facts (DC), recebeu 411 votos; Glauber Realidade do Povo (PSB), só 131; e Rafael Santa Cruz (PSB), que se saiu melhor, obteve 618.

História

Muita gente pergunta: quem foi que obteve mais votos para vereador em Volta Redonda?

Reposta: Marino Clinger. Em 1982, ainda na ditadura militar e com um eleitorado infinitamente menor do que o atual, ele cravou nada menos que 6.988 votos, concorrendo pelo PDT.

Três anos depois, quando a cidade deixou de ser Área de Segurança Nacional, Clinger se elegeu prefeito de Volta Redonda. Clinger faleceu, aos 88 anos, em janeiro de 2022.

Fernando Pedrosa é editor do FOCO REGIONAL

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