Política
Samuca cumpre nesta 5ª feira seu último dia como prefeito
Em fotos, veja um pouco da trajetória dele à frente do governo
Atualizado em 30/12/2020 19:26:13Chega ao fim nesta quinta-feira (31) o governo de Samuca Silva à frente da prefeitura de Volta Redonda. Eleito em 2016 com 54,60% dos votos (89.055), ao derrotar no segundo turno Paulo Baltazar, ele se tornou o mais jovem político a assumir a prefeitura da cidade economicamente mais importante do Sul do Rio de Janeiro: tinha acabado de completar (em setembro) 35 anos.
Na eleição deste ano, não houve sequer segundo turno em Volta Redonda. Samuca, que tentou a reeleição, ficou em terceiro, atrás de Baltazar. Antônio Francisco Neto conquistou seu quinto mandato com 57,20% dos votos (85.673). Samuca não passou de 9,27% (13.889).
Um desempenho frustrante para quem chegou ao Palácio 17 de Julho, quatro anos atrás, com a promessa de modernizar a gestão e fazer a cidade avançar, com novas ideias, mas que passará o bastão ao seu sucessor deixando um quadro preocupante, inclusive pagamentos dos servidores públicos.
Justiça seja feita: Samuca foi prefeito num período de crise econômica nacional. Para piorar, veio a pandemia da Covid-19, com o vírus devorando vidas, empresas e empregos. Entretanto, antes do quadro piorar, a avaliação de Samuca já não era positiva. E, para quem chegou ao posto com o mote de que o problema de Volta Redonda não era de dinheiro, mas de gestão, não há muito o que lamentar.
O resultado da eleição expressa o sentimento da população de devolver a cadeira de prefeito ao político que, para ela, pode recuperar a cidade, com a sua experiência, e restabelecer setores como a saúde, principalmente. A crise nos dois hospitais públicos da cidade fala por si só.
Samuca se elegeu sem ter um grupo político que lhe desse sustentação e, da mesma forma, deixará o governo. Sem apego a partidos, como já admitiu por diversas vezes, não conseguiu, na prefeitura, aglutinar novos aliados e ainda foi deixando pelo caminho muitos do que abraçaram sua candidatura em 2016, quando por certo nem ele mesmo apostava que fosse capaz de vencer. Este ano, disputou a eleição ano no PSC depois de passagens relâmpagos pelo Podemos de Álvaro Dias e o PSDB de João Doria.
Em seu governo, implantou boas medidas, como o programa Tarifa Comercial Zero. Agiu para que obras como a Rodovia do Contorno, finalmente fossem concluídas.
Sua atuação no combate ao coronavírus chegou a dar a impressão de que sua popularidade subiria, o que não se sustentou. Para muitos políticos, seu anúncio de que não seria candidato à reeleição para “cuidar da cidade” durante a pandemia, para em seguida recuar e concorrer, foi um tiro no pé. E de fuzil. Ele mesmo admitiu, após o pleito, que foi um erro. Houve muitos outros, sobre os quais ele terá agora mais tempo para avaliar.
Veja na galeria abaixo algumas fotos da trajetória de Samuca na prefeitura. (Fotos: Divulgação / Foco Regional / Arquivo)